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Entre ofensas e agressões: saiba mais sobre Transtorno Explosivo Intermitente

Postado em 16/08/2019



O personagem dos quadrinhos e da TV, Hulk, virou apelido de distúrbio psiquiátrico, o transtorno explosivo intermitente (TEI), incluído no último Manual Diagnóstico e Estatístico de Distúrbios Mentais da Associação Americana de Psiquiatria.

E podemos entender o porquê desse apelido: Quando ficava nervoso, o pacato cientista Bruce Banner se transformava em uma criatura verde de força descomunal. Até voltar ao normal, era capaz de quebrar tudo o que visse pela frente e quando reassumia sua condição humana, não se lembrava de praticamente nada.

 

Não é todo ataque de fúria, no entanto, que deve ser classificado como TEI. Precisa atender a certos requisitos. O principal é a impulsividade.

Como não existe um exame específico para identificar o TEI, o diagnóstico ainda é puramente clínico. Em geral, o transtorno pode ser detectado a partir dos 6 anos de idade – antes disso, pode ser confundido com hiperatividade – e os sintomas tendem a se acentuar por volta dos 18 anos

 

Mas os critérios são bem definidos. Dois dos principais são: frequência e intensidade.

 

As crises consideradas “leves” englobam ameaças, xingamentos e agressões físicas sem lesão corporal e ocorrem, em média, de duas a três vezes na semana por um período mínimo de três meses. Já as explosões classificadas como “severas” abrangem de agressões físicas com lesão corporal a crimes contra o patrimônio — acontecem ao menos três episódios em um ano. Quanto o ataque é pontual, esporádico, não é diagnosticado como TEI.

 

Quanto à intensidade, a reação é sempre desproporcional. Ou seja, situações banais do cotidiano provocam respostas exageradas. Na hora da raiva, pode sobrar para qualquer um: pessoas, animais, objetos e até propriedades.

 

Não se fala em cura para o transtorno explosivo intermitente. Mas dá para tratar e arrecadar mais qualidade de vida. Quanto antes o quadro for detectado por um especialista, melhor. Do contrário, o distúrbio pode impor estragos à vida afetiva, profissional e social.

 

Pesquisas apontam que 3% da população sofre de TEI. No Brasil, daria algo em torno de 6,2 milhões de cidadãos — na proporção de três homens para cada mulher. Dependendo do quadro, remédios contra depressão e ansiedade podem ser prescritos para complementar o tratamento. O pavio do portador de TEI tende a ser curto. O objetivo da medicação é aumentar a tolerância e diminuir os acessos de fúria.

 

Para identificar o risco de ter o transtorno explosivo intermitente, podemos responder a algumas perguntas básicas. O resultado não crava um diagnóstico, mas indica a necessidade, ou não, de procurar um profissional de saúde para uma melhor análise.

 

Se você responder “sim” a pelo menos uma das perguntas abaixo, vale a pena buscar avaliação médica e psicológica:

Você explode pelo menos duas vezes por semana?

Seus ataques de fúria são desproporcionais aos fatos que os originam?

Não costuma premeditar seu comportamento explosivo?

Após as explosões, sente culpa, arrependimento ou tristeza?

Na hora da raiva, costuma quebrar objetos independentemente de seu valor?

 

O ASSIM SAÚDE te ajudar a ir em busca de uma vida mais serena.